sábado, 9 de julho de 2016

SEMELHANÇA ENTRE PORTUGUÊS E ESPANHOL

O espanhol e o português são línguas indo-europeias derivadas do latim que se desenvolveram na Península Ibérica durante aproximadamente o mesmo período. Embora as duas línguas estejam intimamente relacionadas pela origem e região de seu desenvolvimento, entre elas existem diferenças importantes que podem criar problemas para falantes de uma ao tentar aprender a outra.
Apesar do fato de seus léxicos conterem bastantes elementos similares, os idiomas diferem significativamente na pronúncia e na semântica ou uso das palavras. Foneticamente, o português é mais próximo ao francês ou ao catalão, enquanto que a pronúncia do espanhol está muito mais perto do italiano. O português inclui um inventário fonêmico maior do que o espanhol, o que explica ser o primeiro geralmente mais difícil de entender para os falantes do outro do que vice-versa, apesar da grande quantidade de semelhança léxica entre ambos os idiomas. Justamente nesse aspecto do léxico, conjugado com a semântica, reside uma das principais barreiras entre as duas línguas, que são os falsos cognatos ou cognados, os “falsos amigos”.  Alguns parágrafos mais abaixo, forneceremos uma ilustração a respeito desses amigos não ‘muy’ amigos.
Para revelar que a estruturação fonêmica do espanhol apresenta menos variedade que o português, basta saber que neste existe muito mais sons vocálicos. Enquanto no primeiro as vogais não apresentam qualquer alteração, ou seja, permanecem fixas na sua pronunciação, no outro há enorme gama de alterações admitidas, por conta da sua pronúncia aberta ou fechada, e nasalizada ou não nasalizada, assim enriquecidas de nuances no Brasil pela importante mescla com línguas africanas.
As diferenças linguísticas entre o espanhol e o português se revelam ainda mais marcantes na língua escrita do que na língua oral, por causa das diferenças nas convenções ortográficas. Contudo, as duas línguas compartilham muito vocabulário que se escreve exatamente ou quase igual (mas pode pronunciar-se em muitos casos de modo um tanto diferente, como nos casos de alteração do lugar da sílaba tônica, e nos casos do som próprio que certas consoantes e encontros consonantais têm em cada idioma).
As diferenças em matéria de vocabulário entre ambas as línguas evoluíram por causa de vários motivos:
  • Enquanto o espanhol reteve a maior parte do seu vocabulário moçárabe, ou seja, de origem moura, a influência do substrato moçárabe no léxico do português foi menor. Ao longo do tempo e em muitos casos, palavras de origem árabe foram substituídas no português pelas correspondentes formadas de suas raízes no latim.
  • Durante o desenvolvimento dessas línguas na Idade Média e Renascimento, o espanhol manteve-se mais autônomo, enquanto que o português foi mais influenciado por outras línguas europeias, a exemplo do francês.
  • O espanhol e o português incorporaram diferentes influências das línguas ameríndias, africanas e asiáticas.
O espanhol e o português compartilham vários cognatos ou cognados, palavras cujos significados podem ser mais amplos em uma língua do que em outra. Por exemplo, o espanhol diferencia entre o adjetivo mucho e o advérbiomuy. O português usa a forma muito para essas duas categorias gramaticais. Dentro desse universo dos cognatos, há uma série de termos, chamados de “falsos amigos”, que representam uma das principais barreiras a serem transpostas pelos falantes de um idioma quando passam a aprender o outro.
Como ilustração desses “falsos amigos”, ou seja, palavras de ambas as línguas que “traiçoeiramente” se escrevem de maneira igual ou quase semelhante, mas possuem significados ou usos bem distintos, vejam-se alguns casos:
PortuguêsEspanhol
Abono: garantia gratificação.Abono: assinatura, mensalidade; adubo.
Aceite: aceitação, endosso.Aceite: óleo, azeite; óleo lubrificante.
Acordar: despertar.Acordar: lembrar(-se); decidir, combinar.
Acreditar: crerAcreditar: comprovar; creditar.
Ano: anoAno: ânus.
Apelido: alcunha (Brasil)Apellido: sobrenome.
Balcão: mostrador, barra divisória.Balcón: sacada.
Barata: inseto pestilento.Barata: coisa de pouco valor financeiro.
Borrar: manchar.Borrar: apagar.
Borracha: goma de apagar.Borracha: bêbada.
Botequim: bar.Botiquín: estojo de primeiros socorros.
Carpete: tapete.Carpeta: pasta.
Cena: cena.Cena: jantar.
Cola: substância para unir por contato.Cola: rabo, cauda; fila.
Embaraçada: confundida, atordoada.Embarazada: grávida
Emborrachar: engomar.Emborrachar(se): embriagar(-se).
Engraçado: gracioso, divertido.Engrasado: lubrificado, engordurado.
Esquisito: raro, estranho.Exquisito: excelente, delicioso.
Faro: olfato.Faro: farol.
Fechar: cerrar.Fechar: datar.
Ganância: ambição.Ganancia: ganho, lucro.
Graxa: betume.
Graça: favor; benefício; perdão; estado abençoado; nome da pessõa.
Grasa: gordura.
Oi: Olá.Hoy: hoje.
Jugo: submissão ao poderio e violência de um, vários ou muitos.Jugo: suco.
Largo: amplo.Largo: comprido, longo.
Latido: Comunicação dos cães.Latido: batida do coração.
Ligar: chamar por telefone; unir coisas.Ligar: paquerar.
Logro: fraude, trapaça.Logro: sucesso, êxito.
Mala: valise.Mala: má.
Ninho: Abrigo ou casa de pássaros e aves.Niño: criança, menino.
Oficina: Estabelecimento especializado em consertos.Oficina: escritório.
Osso: matéria dura do esqueleto dos vertebrados.Oso: urso.
Polvo: denominação comum a diversos moluscos.Polvo: pó, poeira.
Prender: deter; sujeitar.Prender: acender.
Rascunho: esboço.Rasguño: arranhão.
Rato: camundongo.Rato: momento, curto espaço de tempo.
Reto: sem curva ou que segue em linha reta, não torto; ânus.Reto: desafio.
Risco: perigo.Risco: penhasco.
Saco: Bolsa ou outro invólucro feito de papel, plástico, tecido etc. para guardar coisas.Saco: paletó.
Salada: Prato de verduras ou legumes.Salada: salgada.
Solo: chão; superfície.Solo: só, sozinho.
Taça: Copo provido de pé, especial para champanhe, vinho.Tasa: taxa.
Tirar: retirar; despir, descalçar.Tirar: jogar fora; chutar; atirar; esticar; esbanjar; abrir (uma porta)
Todavia: no entanto; mas, porém, contudo.Todavia: ainda.

Algumas diferenças gramaticais.
Em termos gerais, as gramáticas do português e do espanhol não variam consideravelmente. Entretanto, existem diferenças relevantes quanto ao uso de artigos, possessivos e outros pronomes, de preposições e de alguns tempos verbais.
O espanhol não admite artigo definido diante de seus ‘possessivos átonos’, ao contrário do que se passa com seus pronomes correspondentes em português.
PortuguêsEspanhol
Esta é a minha casa.Esta es mi casa.
Não quis me emprestar o seu carro.No quiso prestarme su coche.
Ele/Ela não quis me emprestar o carro dele/dela.Él/Ella no quiso prestarme su coche.

Diferentemente do espanhol, o português admite emprego dos possessivos para se referir às partes do corpo, a acessórios e à roupa.
PortuguêsEspanhol
A minha cabeça está doendo.Me duele la cabeza.
João, põe/ponha o seu agasalho.Juan, ponte el abrigo.

Colocação pronominal
Enquanto no espanhol as regras são fixas e idênticas tanto na língua escrita como na falada, em português a colocação pronominal pode variar.
Em português, na língua oral há a tendência de omitir os pronomes em função de seus complementos.
PortuguêsEspanhol
- Não sei onde coloquei as chaves.- Então procure (procure-as). Mas não procure (as procure) agora porque temos que ir embora.- No sé dónde he puesto las llaves- Pues búscalas. Pero no las busques ahora que nos tenemos que ir.
O português admite pronomes entre o verbo flexionado e o gerúndio e o infinitivo, fato que não se dá no espanhol (neste, somente antes do verbo flexionado, ou agregado ao final das formas do gerúndio e infinitivo).
PortuguêsEspanhol
A Rosa ligou. Disse que está teesperando na lanchonete.Tenho que te contar uma novidade.Ha llamado Rosa, dice que te está esperando / dice que está esperándoteen la cafetería.Tengo quecontarte/Te tengo que contar una novedad.

Preposições
Em português existem muitas contrações de preposições e artigos. Algumas delas:
da = de + a
no = em + o
numa = em + uma
pelo = per + o
dessa = de + essa
naquela = em + aquela
nisto = em + isto
neste = em + este
deste = de + este
Em espanhol somente são admissíveis em dois casos:
al = a + el
del = de + el
Em outros posts, para os quais – oportunamente – indicaremos os links diretos para o seu conteúdo aqui, abordaremos mais aspectos distintivos ou contrastivos entre os dois idiomas, por demais úteis para evitar equívocos frequentes quando o falante natural de um passa aprender o outro.
*Todos os exemplos acima foram selecionados, com algumas adaptações, de Gramática Contrastiva Del Espanhol Para Brasileños, escrita por Concha Moreno e Gretel Eres Fernández, editado pela Sociedad General Española de Librería, em 2007
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quinta-feira, 10 de março de 2016

LIVRO: O DIABO ESTÁ AO SEU LADO

O Escriba Valdemir publicou este livro e pode ser comprado impresso ou em e-book no endereço abaixo, além de dezenas de outras editoras e livrarias virtuais. Pode ser lido na íntegra logo a seguir.

https://www.clubedeautores.com.br/book/204955--O_Diabo_esta_ao_seu_lado?topic=desenvolvimento#.VuIzdfkrLIU
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Tive inúmeras experiências com os demônios, e a cada dia tenho novas experiências. Ninguém passa por este mundo sem sentir por algum momento uma perturbação em sua vida. Um vulto que passou por trás de você, uma voz chamando seu nome e você não vê ninguém. Um pesadelo extremamente assustador. Um impulso maligno para fazer algo contrário a sua consciência. Muitas vezes uma voz, como se houvesse outra pessoa discutindo em sua mente com você, te tentando para fazer algo proibido. Cada um fazendo uma retrospectiva da sua vida perceberá que em alguns momentos uma presença maligna o cercou. Não tem como evitar isso. Aliás, quanto mais a pessoa se volta para Deus, mais chances ela terá de sentir o Mal lhe rondando, lhe cercando e espreitando sua vida, porque o Diabo não quer ninguém bem.  


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

LIVRO: SEXOLOGIA CRISTÃ - VOLUME I


Escriba Valdemir publica livro SEXOLOGIA CRISTÃ - VOLUME I, contendo explicações da letra A a C sobre temas relativo ao sexo. Este livro expressa os conceitos divinos sobre o sexo e como deve ser usufruído corretamente.186 páginas  (Pode ser adquirido impresso por:amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais) 

Em uma série de livros, o Escriba Valdemir apresenta o posicionamento bíblico cristão puritano sobre o sexo debatendo os temas da sexologia de A a Z. É uma visão divina e não animal sobre o sexo como parte da atividade humana. Sexo, dinheiro e poder são desejos do imaginário humano. Durante toda a vida o homem carnal busca estes três componentes da vida terrena. Mas o homem espiritual também pode usufruir destes ideários, mas usando-o com moderação e dentro dos princípios divinos. Moderação e autocontrole são elementos necessários para o cristão se conter e fazer uso do sexo durante sua vida somente dentro do arranjo divino, chamado casamento. Sexo antes e fora do casamento é pecado. Sexo com pessoa do mesmo sexo é abominação. Sexo deve ser praticado com amor e com compromisso. Milhões de intrigas e assassinatos já ocorreram no mundo por causa do mau uso do sexo. A sociedade moderna hedionda banalizou o sexo, até incentivando o adultério, e como resultado assistimos várias tragédias familiares em decorrência do desrespeito e irresponsabilidade sexual.





sábado, 29 de agosto de 2015

LIVRO O FIM DO MUNDO

Escriba Valdemir publicou livro O FIM DO MUNDO, 118 páginas na qual analisamos o que a Bíblia diz sobre os acontecimentos do fim dos tempos e o retorno de Cristo a terra. (O livro pode ser adquirido impresso por: amazon.com, clubedeautores.com.br e dezenas de outras livrarias virtuais)


quarta-feira, 29 de julho de 2015

LIVRO: O QUE É IGREJA CATÓLICA ROMANA? - COMPLETO

Escriba Valdemir publica livro O QUE É IGREJA CATÓLICA ROMANA?. 143 páginas na qual analisamos a história do catolicismo, seus crimes e suas doutrinas pagãs, que nada tem de bíblico. (Pode ser adquirido impresso por:amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais) 



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

FILME SOBRE NERÓN

El escriba Valdemir Mota de Menezes asistio a estos 11 videos sobre la vida del emperador romano, Nerón, y hace los siguientes comentarios: Aquí podemos ver cómo la lucha por el poder siempre ha estado mezclada con la ambición, la traición, la búsqueda de la popularidad y otros sentimientos que atormentan a la naturaleza vil de los humanos. La madre de Nerón, era aún peor que él.
Agripina fue una mujer mal y perversa. Una caricatura de las brujas de los cuentos de hadas. Nerón fue considerado por los cristianos como el Anti-Cristo de la era apostólica, siendo responsable por la muerte de muchos cristianos e incluso envió el apóstol Pedro, para ser crucificado y decapitó el Apóstol Pablo. Él es la bestia del primer siglo del cristianismo. La película minimiza el mal carácter de Nerón. Este emperador romano tiene su nombre asociado a Hitler por su maldad y tiranía.
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Texto de quilindania em 03/05/2011 en el Youtube Nerón Claudio César Augusto Germánico, en latín Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus (15 de diciembre del 37 -- 9 de junio del 68), fue emperador del Imperio romano entre el 13 de octubre de 54 y el 9 de junio de 68, último emperador de la dinastía Julio-Claudia. Nacido del matrimonio entre Cneo Domicio Ahenobarbo y Agripinila, accedió al trono tras la muerte de su tío Claudio, quien anteriormente lo había adoptado y nombrado como sucesor en detrimento de su propio hijo, Británico.
Durante su reinado centró la mayor parte de su atención en la diplomacia y el comercio, e intentó aumentar el capital cultural del Imperio mediante la construcción de diversos teatros y la promoción de competiciones y pruebas atléticas. Diplomática y militarmente su reinado está caracterizado por el éxito contra el Imperio Parto, la represión de la revuelta de los británicos (60--61) y una mejora de las relaciones con Grecia. En el año 68 tuvo lugar un golpe de estado en el que estuvieron involucrados varios gobernadores, tras el cual, aparentemente, le forzaron a suicidarse.
El reinado de Nerón se asocia comúnmente a la tiranía y la extravagancia. Se le recuerda por una serie de ejecuciones sistemáticas, incluyendo la de su propia madre y la de su hermanastro Británico, y sobre todo por la creencia generalizada de que mientras Roma ardía él estaba componiendo con su lira, además de como un implacable perseguidor de los cristianos. Estas opiniones se basan fundamentalmente en los escritos de los historiadores Tácito, Suetonio y Dión Casio. Pocas de las fuentes antiguas que han sobrevivido lo describen de manera favorable, aunque sí hay algunas que relatan su enorme popularidad entre el pueblo romano, sobre todo en Oriente.
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